sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Polícia: versão de pai de esquartejados é mais coerente

O titular do setor de homicídios da Delegacia Seccional de Santo André, Adilson Lima, afirmou que a versão do pai dos meninos que foram mortos e esquartejados há uma semana em Ribeirão Pires, região do Grande ABC paulista, "é bem mais coerente que a da madrasta". De acordo com ele, a descrição que João Alexandre Rodrigues faz dos fatos é mais lógica.
De acordo com o delegado, o pai dos jovens, João Alexandre Rodrigues, 40 anos, confessou ter estrangulado um dos filhos e disse que o outro foi morto pela madrasta, Eliane Rodrigues, com uma facada no estômago. Eliane afirma que o marido matou os dois.
"Ele afirma que sua mulher matou um dos garotos no quarto com uma facada e verificamos, pelo uso do luminol, que naquele local, de fato, havia sangue", disse Lima. O delegado disse ainda que pode ser feita uma acareação entre os dois suspeitos para comprovar qual é a história verdadeira.
Lima afirmou que a polícia considera que o crime foi premeditado. "Se ela não tivesse participado, vendo o marido fazer o que fazia, teria tomado uma providência, chamado a polícia, feito alguma coisa, e não fez". O delegado crê que uma boa prova pode surgir a partir da localização do estabelecimento onde a madrasta teria comprado produto químico para jogar nos corpos.
Adilson Lima também disse que o suspeito, durante a reconstituição dos fatos, foi bastante calmo, tranqüilo e, em momento algum, comprometeu os trabalhos periciais. Rodrigues teria chorado em alguns momentos, mas não demonstrado arrependimento. O delegado acredita que a ausência da madrasta na reconstituição de sua versão para o ocorrido, há uma semana, não compromete, pois "a polícia já tem bastante prova".
Uma das contradições entre o depoimento do casal e a reconstituição do crime está na ausência de indícios de que tenha acontecido alguma violência na cozinha, como o casal relatou na delegacia. De acordo com o delegado, o local em que os garotos foram queimados e da retaliação de seus cadáveres foi o mesmo.
A polícia espera o resultado do exame necroscópico dos cadáveres para determinar se os garotos morreram antes ou durante a carbonização de seus corpos.
Fonte: Terra

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