Há três semanas, o senador Alvaro Dias (PSDB) e o deputado Gustavo Fruet (PSDB) fizeram um teste: contratar um suposto detetive para quebrar o sigilo telefônico de alguém – os escolhidos, no caso, foram eles mesmos. Em troca de R$ 600, chegou até eles um registro fiel de todas as ligações que tinham feito. Para os políticos, ficou provada a vulnerabilidade do sistema e a facilidade de se bisbilhotar a vida alheia.
A compra foi intermediada pelo jornal Folha de S. Paulo, que publicou ontem reportagem mostrando que o sigilo telefônico é vendido a menos de R$ 1.000 no Brasil por pessoas que se apresentam como detetives particulares e funcionários de empresas de telefonia. Também o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) participou da matéria. Mercadante foi o único dos três que recebeu amostra das chamadas que não conferiu com a conta original, segundo a Folha de S. Paulo.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai cobrar explicações das empresas de telefonia sobre o comércio ilegal dos registros de chamadas telefônicas e torpedos de assinantes. A agência foi duramente criticada por parlamentares da oposição e do próprio governo, que reclamaram da falta de fiscalização. A interpretação da Anatel é de que como os dados adquiridos de terceiros batem com os registros de ligações, eles só podem ter saído das empresas. A assessoria da agência explicou que é preciso saber “o limite de responsabilidade’’ das companhias.
“O nosso caso teve apenas o objetivo de demonstrar a facilidade na compra destas informações”, afirma Dias. “Isso é um alerta porque todas as pessoas estão sujeitas à bisbilhotagem. Um casal em conflito corre risco de alguém com muita facilidade contratar (o serviço)”. O direito ao sigilo telefônico é garantido pela Constituição.
Fonte: Gazeta do Povo
A compra foi intermediada pelo jornal Folha de S. Paulo, que publicou ontem reportagem mostrando que o sigilo telefônico é vendido a menos de R$ 1.000 no Brasil por pessoas que se apresentam como detetives particulares e funcionários de empresas de telefonia. Também o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) participou da matéria. Mercadante foi o único dos três que recebeu amostra das chamadas que não conferiu com a conta original, segundo a Folha de S. Paulo.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai cobrar explicações das empresas de telefonia sobre o comércio ilegal dos registros de chamadas telefônicas e torpedos de assinantes. A agência foi duramente criticada por parlamentares da oposição e do próprio governo, que reclamaram da falta de fiscalização. A interpretação da Anatel é de que como os dados adquiridos de terceiros batem com os registros de ligações, eles só podem ter saído das empresas. A assessoria da agência explicou que é preciso saber “o limite de responsabilidade’’ das companhias.
“O nosso caso teve apenas o objetivo de demonstrar a facilidade na compra destas informações”, afirma Dias. “Isso é um alerta porque todas as pessoas estão sujeitas à bisbilhotagem. Um casal em conflito corre risco de alguém com muita facilidade contratar (o serviço)”. O direito ao sigilo telefônico é garantido pela Constituição.
Fonte: Gazeta do Povo
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