domingo, 14 de setembro de 2008

Tribuna 43 anos? Não seria 54 anos de circulação?

Uma nota de capa da Tribuna de Cianorte noticia que nesta segunda-feira o jornal completará 43 anos de circulação, “renovando a cada dia”. Concordo, em parte. Mas façamos justiça à história. O que é hoje a Tribuna começou a circular em 1954 (há 54 anos portanto!) com o nome de O Espinho, que mais tarde passaria a se chamar A Voz de Cianorte e em 1965, receberia o nome de A Tribuna de Cianorte. Mais tarde ainda, receberia o nome atual, simplesmente, Tribuna de Cianorte.
Quem começou tudo isto tem um nome – Amândio Mathias, um homem combativo que acabaria sendo brutalmente assassinado, em 1976, quando estava trabalhando. Como ocorria toda quinta-feira, Amândio se deslocava para Maringá para encomendar na Clichetc a confecção dos clichês (as fotos impressas) da edição de domingo. Invariavelmente abastecia o carro no Posto Rodovia. Naquele começo de tarde ele seria alvejado com cinco tiros de um revólver calibre 32. Mesmo assim a edição sairia no domingo, com a trágica notícia...
Isto porque a Dona Leda Mathias, a sua esposa, daria continuidade à missão de Amândio. Mas é importante lembrar que como retaguarda ela tinha dois grandes profissionais – Reinaldo Soares Júnior (o Jaraguá), uma espécie de gerente e o Nelson Pereira, o linotipista, além da molecada (literalmente!) de apoio: Jair, Polaco, Faro Fino, Bisteca, Geraldo Britta, Adalton Rodrigues e este blogueiro que estava iniciando. Teve anos depois ainda um trio de redatoras que era da pesada na caneta – Irmã Luciano, Ângela Aquino e Vânia Moreira.
A Tribuna, em momento algum de sua história, deixou de circular no dia marcado. Faça chuva ou faça sol aí está, A Tribuna. Uma história construída por muita gente. Tem o Israel Belo de Azevedo, que mais tarde, já no Rio de Janeiro se consagraria com o livro As Cruzadas Inacabadas, o jornalista Osvaldo Nascimento, membro emérito da Academia Paranaense depois de tantos livros publicados e tantos outros companheiros de longas jornadas. Ah! Deste não posso esquecer: Adelino Ceresso Rumin! E isso sem contar os colaboradores. Dezenas deles!
O meu depoimento, é claro, é emocionado, posto que por longos anos participei desta história. Assim desejo todo o sucesso do mundo ao Jedaías (homem experiente na imprensa) e a toda a sua equipe, de bons amigos, e que continue fazendo que a nossa velha e boa Tribuna se renove a cada dia.

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