quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Comércio reduz ritmo de contratação temporária em Maringá

O fim do ano pode ser menos quente do que se esperava para a geração de empregos em Maringá. Antes da crise financeira mundial e a alta do dólar, um estudo realizado pela Associação Comercial e Empresarial da cidade (Acim) previa que mais de mil empregos temporários seriam abertos no município.
A maioria das vagas seria destinada para o setor de vendas, para atender à demanda de consumidores determinados a gastar o 13º salário e a fazer as compras para o Natal.
Com a oscilação das bolsas de valores e o aumento das taxas de juros, a expectativa mudou - e muito. Na segunda-feira, esperava-se entre 600 e 800 contratações.
Nesta quarta-feira, segundo o presidente da Acim, Adílson Emir Santos, o número caiu para 400 - pouco menos da metade da quantidade alcançada ano passado.
“Se o preço do dólar continuar aumentando desse jeito, serão cerca de 400 vagas e olhe lá”, comentou Santos.
“Contudo, acredito que o governo tomará uma atitude e essa previsão pode mudar.”
Se a crise financeira continuar, mais pessoas devem permanecer fora do mercado de trabalho formal em Maringá no fim de ano.
Durante as eleições, muitas moradores foram contratados temporariamente para trabalhar nas campanhas - cerca de dois mil ao todo, na estimativa do gerente da Agência do Trabalhador de Maringá, Maurílio Mangolin.
Sem o segundo turno, esse grupo está a ver navios e com menos chance de conseguir um emprego até o fim do ano.
Para aqueles que esperavam pela aproximação das festas de fim de ano para encontrar uma fonte de renda, para aliviar as dívidas e comprar alguns presentes, a crise aparece para por em xeque esses planos.
“Se os juros continuarem subindo, o apetite do consumidor pode diminuir, reduzindo a quantidade de vagas que serão ofertadas”, explica Mangolin.
Apesar de existir esse revés, o Natal e o Ano Novo podem ser melhores para quem procurar por trabalhos fixos. Mangolin conta que existem aproximadamente 1.400 vagas de empregos fixos à disposição na Agência do Trabalhador, distribuídas em diferentes áreas.
Algumas delas exigem qualificação, como é o caso da Construção Civil. No entanto, a maioria das ofertas é para o cargo de auxiliar de produção, que, segundo o gerente, não exige experiência ou curso na área.
“É uma oportunidade de primeiro emprego para muitas pessoas”, comenta Mangolin.
Ao todo, são cerca de 600 vagas para essa função, difíceis de preencher. Ele afirma que, como se trata de um trabalho mais pesado, muitos desistem dele após alguns dias.
Fonte: O Diário

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