Os comerciantes têm até o fim de dezembro para se adaptar à nova lei dos canudinhos e guardanapos. Duas semanas após a publicação no Diário Oficial da União, a viabilidade da lei e as adaptações necessárias têm causado polêmica. De número 15.952, a lei foi sancionada pelo governador Roberto Requião no dia 24 de setembro, determinando que restaurantes, bares, lanchonetes, quiosques, ambulantes e similares usem canudos e guardanapos de papel acondicionados individualmente em embalagens oxibiodegradáveis.
O diretor da Associação Brasileira dos Bares e Casas Noturnas, Fábio Aguayo, lamenta. Para ele, a lei vem na contramão da luta ambiental, com o aumento da sujeira na cidade. Além disso, diz, trará um acréscimo de custo que deverá ser de 10 a 20%. “É mais fácil o comércio se auto-regular do que aumentar a sujeira. O ônus é muito maior”, lembra. Aguayo fala que recebeu algumas mensagens de repúdio, alertando sobre o aspecto ambiental e quanto ao custo. Em uma delas, a proprietária de um bar lembra que o público faz suas escolhas a partir das suas possibilidades financeiras. “Ou entra em um estabelecimento aceitando os serviços e pagando um preço mais alto, ou escolhe um que seja compatível com o bolso.”
A lei é de autoria do deputado Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) e surgiu com o objetivo de conservar a saúde do consumidor. Ele acredita que o mercado se adapte em dois ou três meses. Stephanes Júnior recorda que 20% dos estabelecimentos comerciais já usam guardanapos em embalagens individuais e 60% adotam o canudinho acondicionado.
Ao contrário dos proprietários de estabelecimentos, o deputado acredita que guardanapos e canudos embalados devem trazer economia aos estebelecimentos. “O consumo será menor, gerando um gasto menor, conseqüentemente”, diz. Ele lembra que ninguém vai exigir que o comércio jogue fora o material que tem em estoque. “O processo de adaptação, com certeza, será lento. Mas acredito que dentro de um ano o mercado já esteja adaptado”.
Fonte: Tudo Paraná
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
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