sábado, 28 de fevereiro de 2009

Dengue reduz 63% no PR, mas combate à doença não pode parar

A combinação entre chuva e calor nesta época do ano é propícia para o surgimento de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Apesar de o número de casos no Paraná até fevereiro deste ano apresentar queda de 63,33% em relação ao mesmo período de 2008, ainda é necessária cautela e atenção, porque a dengue não está controlada no país. No estado do Espírito Santo, cinco pessoas morreram sob suspeita de terem contraído a dengue hemorrágica, o tipo mais grave da doença.
O técnico do Programa de Combate à Dengue da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná Ronaldo Trevisan diz que a população precisa manter atenção porque os próximos meses são os mais críticos para a dengue. “Os principais momentos epidêmicos da dengue se mostram em fevereiro, março e abril. Chuva e calor é tudo o que o mosquito gosta”, explica.
Em Foz do Iguaçu, o Centro de Controle de Zoonoses já percebeu o aumento de notificações e do índice de infestação do mosquito. Em dezembro de 2008 o índice de infestação na cidade era de 1,3%. Neste mês, a marca subiu para 4,9%. Até ontem, haviam sido confirmados três casos de dengue em Foz.
Para controlar a doença, os técnicos e agentes de saúde fazem vistorias em borracharias, trabalho de borrifação e orientação aos moradores. “Quando se tem um número baixo de casos positivos, consegue-se planejar as ações, ao contrário quando se tem um estado de epidemia”, diz o supervisor da dengue em Foz, Eran Silva.
No Paraná, até dia 19 de fevereiro, foram confirmados 38 casos de dengue, dos quais 28 contraídos no próprio estado e 10 importados. Londrina lidera o número de casos, em um total de 14, seguida de Maringá, com 7. Mas a incidência atualmente é maior no município de Icaraíma (veja quadro). No ano passado, o Paraná tinha até dia 12 de fevereiro 60 casos autóctones, contra 22 no mesmo período deste ano, o que indica retração da doença neste ano. No ano passado foram confirmados em todo o estado 957 casos da doença.
O estado do Espírito Santo registrou 6.309 casos suspeitos de dengue até 15 de fevereiro deste ano e outras 53 notificações nos quatro dias de carnaval. As cinco mortes que podem ter sido causadas pela dengue hemorrágica estão sendo investigadas e o resultado deve sair em cerca de 90 dias. A dengue hemorrágica pode causar hemorragia interna, levando a uma morte rápida e dolorosa, caso não haja tratamento.
Os técnicos de saúde lembram que a participação da população na luta contra a dengue é fundamental porque 90% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti são encontrados em residências. Os principais deles no lixo reciclável, ou seja, em latas, plástico e vidros.
Em todo o estado estão sendo aplicadas medidas de vigilância e avaliação dos pacientes, além da prevenção feita nos municípios. A mais recente campanha no Paraná contra a dengue foi no carnaval.
(Tudo Paraná)

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