Um homem de 63 anos, apontado como o pai de um bebê em gestação da própria filha, morreu ferido por disparos da polícia no final tarde de segunda-feira (16) na cidade de Tijucas do Sul, região metropolitana de Curitiba. A filha do acusado, que tem 15 anos, está grávida de 19 semanas. Só descobriu a gestação no final de semana.
De acordo com a Delegacia da Mulher de São José dos Pinhais, o homem tinha um longo histórico de violência familiar. Ele teve quatro filhos com a mesma mulher. Três deles, maiores de idade, saíram de casa reclamando das agressões e abusos do pai. “Uma das filhas disse que o pai batia nela e pedia carícias quando ele estava só de cueca. Era violento com a mãe e chegou a puxar uma faca para um filho”, disse a delegada Darli Rafael, que abriu inquérito para investigar o caso.
Mesmo com as queixas de violência dos filhos, a mulher do suspeito seguiu morando com ele em uma chácara na zona rural de Tijucas do Sul junto com a filha, que hoje tem 15 anos e está grávida.
Na sexta-feira (13), uma equipe da Polícia Militar que patrulhava a região foi chamada para dar atendimento a adolescente, que passava mal. “Levamos a menina e a mãe para um hospital de Tijucas [do Sul]. Lá foi constatada que ela estava grávida de quase 5 meses”, afirma o soldado Joaquim Pereira Santos, do 17º Batalhão da Polícia Militar, que prestou o socorro.
Segundo conta o policial, no hospital a mãe da adolescente exigiu explicações para a gravidez. No depoimento à Polícia Civil, a mãe teria dito que acompanha todos os passos da filha, não a deixa sozinha e que ela não tem namorado. A adolescente revelou que sofria abusos do pai. Ele a ameaçava: se chamasse a polícia, mataria todos.
Pistoleiro
A violência do homem de 63 anos extrapola o âmbito familiar. A própria família disse à Polícia Civil que ele era um pistoleiro de aluguel. Segundo a delegada Darli, o acusado cumpriu pena até 2003 por homicídio e responde por um inquérito e nove processos - um deles, em uma cidade da Paraíba.
Após o atendimento no hospital, mãe e filha decidiram voltar pela última vez a casa para recolher alguns pertences. O objetivo delas era se mudar para a casa de um parente. Uma equipe da Polícia Civil e outra da Militar fizeram a escolta. No momento em que recolhiam alguns objetos, a polícia pode comprovar a fama do acusado. “Ele estava com um rifle semi-automático calibre 22 e fez disparos que, felizmente, não acertaram ninguém. O cara usava a arma com propriedade, que nem um profissional”, relata o soldado Santos.
A polícia então revidou os tiros. O acusado foi atingido e não resistiu aos ferimentos.
A adolescente está em atendimento em uma ala especial para violência doméstico e contra a mulher do Hospital Evangélico, de acordo com a polícia. Um exame de DNA deve ser feito após o nascimento do bebê como prova final dos abusos.
“É um caso típico de violência contra a mulher e contra os filhos. Serve de exemplo para que as pessoas tomem coragem de denunciar e evitar chegar ao ponto que chegou a história dessa garota”, acrescenta a delegada Darli.
Para preservar a família, os nomes dos envolvidos foram omitidos.
(Tudo Paraná)
De acordo com a Delegacia da Mulher de São José dos Pinhais, o homem tinha um longo histórico de violência familiar. Ele teve quatro filhos com a mesma mulher. Três deles, maiores de idade, saíram de casa reclamando das agressões e abusos do pai. “Uma das filhas disse que o pai batia nela e pedia carícias quando ele estava só de cueca. Era violento com a mãe e chegou a puxar uma faca para um filho”, disse a delegada Darli Rafael, que abriu inquérito para investigar o caso.
Mesmo com as queixas de violência dos filhos, a mulher do suspeito seguiu morando com ele em uma chácara na zona rural de Tijucas do Sul junto com a filha, que hoje tem 15 anos e está grávida.
Na sexta-feira (13), uma equipe da Polícia Militar que patrulhava a região foi chamada para dar atendimento a adolescente, que passava mal. “Levamos a menina e a mãe para um hospital de Tijucas [do Sul]. Lá foi constatada que ela estava grávida de quase 5 meses”, afirma o soldado Joaquim Pereira Santos, do 17º Batalhão da Polícia Militar, que prestou o socorro.
Segundo conta o policial, no hospital a mãe da adolescente exigiu explicações para a gravidez. No depoimento à Polícia Civil, a mãe teria dito que acompanha todos os passos da filha, não a deixa sozinha e que ela não tem namorado. A adolescente revelou que sofria abusos do pai. Ele a ameaçava: se chamasse a polícia, mataria todos.
Pistoleiro
A violência do homem de 63 anos extrapola o âmbito familiar. A própria família disse à Polícia Civil que ele era um pistoleiro de aluguel. Segundo a delegada Darli, o acusado cumpriu pena até 2003 por homicídio e responde por um inquérito e nove processos - um deles, em uma cidade da Paraíba.
Após o atendimento no hospital, mãe e filha decidiram voltar pela última vez a casa para recolher alguns pertences. O objetivo delas era se mudar para a casa de um parente. Uma equipe da Polícia Civil e outra da Militar fizeram a escolta. No momento em que recolhiam alguns objetos, a polícia pode comprovar a fama do acusado. “Ele estava com um rifle semi-automático calibre 22 e fez disparos que, felizmente, não acertaram ninguém. O cara usava a arma com propriedade, que nem um profissional”, relata o soldado Santos.
A polícia então revidou os tiros. O acusado foi atingido e não resistiu aos ferimentos.
A adolescente está em atendimento em uma ala especial para violência doméstico e contra a mulher do Hospital Evangélico, de acordo com a polícia. Um exame de DNA deve ser feito após o nascimento do bebê como prova final dos abusos.
“É um caso típico de violência contra a mulher e contra os filhos. Serve de exemplo para que as pessoas tomem coragem de denunciar e evitar chegar ao ponto que chegou a história dessa garota”, acrescenta a delegada Darli.
Para preservar a família, os nomes dos envolvidos foram omitidos.
(Tudo Paraná)
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