segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Índio decide morar em campus da Universidade de Maringá

Há quinze dias, um jovem índio mora no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM)), no centro da cidade de Maringá (420 km de Curitiba).
''Ele chegou e foi ficando, consegue alimentação pelos vigilantes e pouco conversa. De concreto sabemos que ele não é de nenhum etnia do Sul do país'', disse o pesquisador Lúcio Tadeu Mota, 54, que tenta identificar o índio.
Arredio a fotos e de pouca conversa, o índio não quer identificar sua etnia e disse chamar João.
Na sexta-feira, funcionários da regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Londrina (norte do PR) foram a Maringá para tentar identificar, sem sucesso, a etnia do jovem.
''Ele é um cidadão brasileiro e tem o direito constitucional de ir e vir. A UEM não pode simplesmente expulsá-lo", disse Mota. "Vamos buscar descobrir sua etnia e ele decidirá se quer ou não voltar para seu grupo", afirmou o pesquisador.
Mota disse que uma outra alternativa será oferecer alojamento ao índio na vila indígena, local onde mora a comunidade indígena universitária da UEM, que tem 20 índios de várias etnias entre seus estudantes. "O problema é que as aulas só começam em março, e ele não se mostrou animado para deixar o local onde se alojou."
O índio vive hoje no Museu Histórico da Bacia do Paraná, no campus da UEM, e recebe ajuda dos vigilantes para se alimentar. O jovem usa camiseta, bermuda e chinelos na maior parte do tempo e faz uso do tembetá (ornamento bucal com penas de aves) à moda dos indígenas da região amazônica.
(Bem Paraná)

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