O próximo vestibular da Universidade Estadual de Maringá (UEM) vai reservar 20% das vagas para alunos de baixa renda oriundos da escola pública. A universidade implantou o sistema de cotas sociais para a realização do Vestibular de Inverno 2009. É a primeira vez que a instituição adota cotas sociais no seu processo seletivo. As inscrições começam nesta quarta-feira (1.º) e vão até 22 de abril. A Universidade oferece 1.542 vagas, distribuídas em 46 cursos de graduação. Pelo novo sistema, foram reservadas 304 vagas para alunos do ensino público.
Para optar pelas vagas sociais, o candidato deverá ter cursado integralmente o ensino fundamental e médio em instituição pública de ensino, fazer parte de família com renda per capita de até 1,5 salário mínimo e não ter concluído curso de nível superior.
Segundo o vice-reitor da UEM, Mario Luiz de Azevedo, essa foi a melhor opção encontrada pela instituição para beneficiar as classes mais baixas da população. “É uma alternativa mais justa porque engloba, de certa forma, as cotas raciais. Isso vai favorecer os alunos da escola pública menos favorecidos e boa parte da população negra que está inserida em classes sociais menos favorecidas”, disse.
O diretor do cursinho do Colégio Sapiens, Alvacir dos Santos Bahls, se mostra favorável às cotas, mas faz uma ressalva. “A instituição de cotas é uma saída encontrada para camuflar a precariedade do sistema de ensino público. Como acho difícil reverter esse quadro, a opção das cotas é uma saída. Mesmo assim, alguns alunos podem chegar ao ensino superior sem a base necessária e isso tem de ser revisto”, explicou.
De acordo com o diretor do Colégio Estadual Gastão Vidgal, Francisco Lopes Teixeira, as cotas vão beneficiar os alunos carentes das escolas públicas. “Vai ser muito importante para os estudantes da rede pública porque as escolas não têm dinheiro nem infraestrutura de uma instituição particular. As cotas na UEM vieram em boa hora”, afirmou.
A estudante Camila Lima Rosa, 19 anos, faz cursinho e vai prestar o Vestibular de Inverno 2009 da UEM. Antes de freqüentar as aulas particulares, ela estudou durante toda a vida em escolas públicas. “Concordo com as cotas, mas acho 20% um índice muito alto. Existem muitos alunos excluídos na escola pública e existe a necessidade das cotas. Mas é muito mais fácil criar as cotas do que investir no ensino público para que todos possam concorrer em igualdade”, lembrou.
A UEM já disponibiliza vagas para índios, mas não aderiu às cotas raciais. Já a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e as universidades estaduais de Ponta Grossa e Londrina disponibilizam cotas raciais e sociais.
As provas do vestibular da UEM serão realizadas de 12 a 14 de julho, em oito cidades: Maringá, Apucarana, Campo Mourão, Cianorte, Cidade Gaúcha, Goioerê, Paranavaí e Umuarama. A taxa de inscrição é de R$ 90. Outras informações pelo telefone (44) 3261-4450 ou pelo site www.vestibular.uem.br.
(Jornal de Maringá)
Para optar pelas vagas sociais, o candidato deverá ter cursado integralmente o ensino fundamental e médio em instituição pública de ensino, fazer parte de família com renda per capita de até 1,5 salário mínimo e não ter concluído curso de nível superior.
Segundo o vice-reitor da UEM, Mario Luiz de Azevedo, essa foi a melhor opção encontrada pela instituição para beneficiar as classes mais baixas da população. “É uma alternativa mais justa porque engloba, de certa forma, as cotas raciais. Isso vai favorecer os alunos da escola pública menos favorecidos e boa parte da população negra que está inserida em classes sociais menos favorecidas”, disse.
O diretor do cursinho do Colégio Sapiens, Alvacir dos Santos Bahls, se mostra favorável às cotas, mas faz uma ressalva. “A instituição de cotas é uma saída encontrada para camuflar a precariedade do sistema de ensino público. Como acho difícil reverter esse quadro, a opção das cotas é uma saída. Mesmo assim, alguns alunos podem chegar ao ensino superior sem a base necessária e isso tem de ser revisto”, explicou.
De acordo com o diretor do Colégio Estadual Gastão Vidgal, Francisco Lopes Teixeira, as cotas vão beneficiar os alunos carentes das escolas públicas. “Vai ser muito importante para os estudantes da rede pública porque as escolas não têm dinheiro nem infraestrutura de uma instituição particular. As cotas na UEM vieram em boa hora”, afirmou.
A estudante Camila Lima Rosa, 19 anos, faz cursinho e vai prestar o Vestibular de Inverno 2009 da UEM. Antes de freqüentar as aulas particulares, ela estudou durante toda a vida em escolas públicas. “Concordo com as cotas, mas acho 20% um índice muito alto. Existem muitos alunos excluídos na escola pública e existe a necessidade das cotas. Mas é muito mais fácil criar as cotas do que investir no ensino público para que todos possam concorrer em igualdade”, lembrou.
A UEM já disponibiliza vagas para índios, mas não aderiu às cotas raciais. Já a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e as universidades estaduais de Ponta Grossa e Londrina disponibilizam cotas raciais e sociais.
As provas do vestibular da UEM serão realizadas de 12 a 14 de julho, em oito cidades: Maringá, Apucarana, Campo Mourão, Cianorte, Cidade Gaúcha, Goioerê, Paranavaí e Umuarama. A taxa de inscrição é de R$ 90. Outras informações pelo telefone (44) 3261-4450 ou pelo site www.vestibular.uem.br.
(Jornal de Maringá)
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