terça-feira, 14 de abril de 2009

Comissão sugere menos impostos para internet rápida

A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara quer discutir alternativas para reduzir a carga tributária que incide sobre os serviços de telecomunicações, principalmente sobre as novas tecnologias, como as de banda larga para acesso à internet. O presidente da comissão, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), reconhece que o tema é polêmico porque mexe com a receita, principalmente dos governos estaduais, que recolhem ICMS sobre esses serviços.
Gomes sugere, no entanto, que a questão seja pensada como um incentivo à ampliação do serviço. Ele dá como exemplo o programa do governo que desonerou a produção de computadores, ampliando a venda desses aparelhos e indiretamente aumentando o recolhimento de impostos pelo volume comercializado. "Esse tipo de iniciativa resulta em aumento na produção e na arrecadação, além de permitir maior acesso ao bem desonerado", afirmou o deputado em entrevista coletiva. Gomes assumiu a presidência da comissão no mês passado por um período de um ano.
A redução na carga tributária é uma reivindicação antiga das empresas de telecomunicações, que no ano passado pagaram cerca de R$ 40 bilhões em impostos. Segundo as empresas, a carga tributária sobre os serviços de telecomunicações representa 42,7% da tarifa.
Eduardo Gomes acredita que dá para fazer uma discussão sobre o assunto paralelamente à da reforma tributária, que não tem evoluído no Congresso. O deputado lembra ainda que além dos tributos, os clientes dos serviços de telecomunicações e de energia pagam uma taxa de fiscalização e que apenas 20% dos recursos são liberados para as agências reguladoras; o restante fica nos cofres do Tesouro Nacional para fazer superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública).
Esse debate é importante, na opinião do deputado, porque têm surgido novas tecnologias de banda larga, como a que permite o acesso à internet em alta velocidade pela rede elétrica. A comissão, segundo Gomes, pretende realizar uma audiência pública para discutir as regras de prestação desse serviço aprovadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no início do mês.
(Paraná Online)

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