quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dobra o número de focos de Aedes aegypt em Londrina

A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria de Saúde, divulgou nesta quarta-feira (1º) os números do Levantamento do Índice Rápido do Aedes (Lira), que foi realizado na última semana, entre os dias 23 e 27 de março. Este foi o 2º levantamento feito este ano no município, que visitou, no total, 8,5 mil casas em todas as regiões da cidade. O Lira registrou um índice de 1,4% da presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera tolerável o limite de 1% de infestação.
Os locais com maior incidência de focos do mosquito, desta vez, foram os recipientes plásticos, garrafas e latas jogadas em quintais, terrenos baldios ou fundos de vale, com 43% das ocorrências. Em segundo lugar, com 19%, estão os vasos de plantas, seguidos pelas piscinas não tratadas, calhas e lajes, com 13%. Na quarta posição, com 12%, vêm depósitos em nível de solo, que são as caixas, baldes e barris, usados principalmente para o recolhimento de água da chuva.
Na sequência, com 7,5% das ocorrências, estão os pneus, índice que cresceu 150% em relação ao levantamento anterior. Por último estão as caixas d’água, onde foram registradas 2,5% das ocorrências, mesmo índice dos depósitos naturais, que são os buracos em árvores, plantas e flores, principalmente bromélias. Segundo a diretora de Epidemiologia e Informações em Saúde da Secretaria de Saúde, Sônia Fernandes, 89% dos focos registrados durante o levantamento foram encontrados em imóveis residenciais ou comerciais. Os outros 11% foram encontrados em fundos de vale de terrenos baldios.
Conforme os dados do levantamento, o extrato nº 2, que abrange os jardins São Lourenço, Santa Joana, São Marcos, Cristo Rei, Roseira, Vale Azul, Parque das Indústrias e Ouro Branco apresentou índice de 2%, o menor entre todos os extratos. O que apresentou o maior índice de infestação do Aedes aegypti foi o nº 18, que abrange as vilas Recreio, Marísia, Casoni, jardins Castelo, Pindorama e o Centro Social Urbano (CSU) da Vila Portuguesa. Lá o índice foi de 3,4%.
Por esta razão, a Secretaria de Saúde realiza nesta quinta-feira (2) e na quinta-feira (3) um mutirão de limpeza nesta região. O índice de 1,4% é o dobro do que foi registrado no último Lira, realizado em janeiro, quando o mesmo registrou 0,7% da presença do mosquito. Segundo ela, o índice preocupa pelo fato de ter dobrado de um levantamento para outro, mas explica que o tempo chuvoso dos últimos meses contribuiu para o resultado.
“Estamos em um ano extremamente chuvoso. As chuvas estão muito intensas desde janeiro, favorecendo o acúmulo de água e também dificulta o trabalho dos agentes de endemias. Todo o trabalho fica comprometido”, esclareceu Sônia. Conforme a diretora, outro fator determinante foi o resultado satisfatórios dos últimos levantamentos. “O fato dos últimos Liras terem resultados baixos, pode ter feito com que a população se acomodasse e cuidasse menos dos quintais”, afirmou.
A Secretaria de Saúde registrou até agora, 40 casos positivos de dengue em Londrina, desde o começo do ano, sendo todos os casos autóctones, ou seja, contraídos na própria cidade. Das 1.400 notificações, 542 foram descartados e 818 estão em andamento. A região sul apresentou 13 casos da doença, seguida pela região oeste, com nove. Em seguida vêm as regiões leste, com oito; norte, com quatro; central, com quatro; e rural, com dois casos.
(Bem Paraná)

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