quarta-feira, 1 de abril de 2009

Policiais cercam escritório de advogado para evitar fuga de suposto assaltante

A polícia de Maringá faz um cerco em um escritório de advocacia, que fica no Centro da cidade, desde as 13 horas de terça-feira (31). Cerca de 20 policiais participam do cerco na tentativa de prender um homem, acusado de fazer parte de uma quadrilha que praticava vários assaltos na região Noroeste. A polícia já tem o mandado de prisão temporária expedido contra Adilson Alves Cardoso, de 33 anos.
Segundo o advogado Ezaquel Elpídio dos Santos, o homem entrou em seu escritório, que fica na rua Neo Martins, Centro de Maringá, para pedir informações. “Eu o conheço somente há dois dias. Ele me procurou, pois queria saber por que a sua casa foi invadida por policiais na quinta-feira passada (26) e encontrar medidas para desfazer a confusão, pois ele nega todas as acusações”, conta.
O advogado diz que Cardosos foi ao escritório na terça-feira para tomar conhecimento da sua situação. “Quando percebemos que havia policiais nos vigiando, permiti que ele se refugiasse no meu escritório. Tomei essa atitude, pois não posso entregar um cliente meu à polícia, uma pessoa que me pediu ajuda. Seria uma atitude errada como profissional e como ser humano”, ressalta.
Segundo o advogado, Cardoso é morador de Paiçandu, estudante de administração e tem uma empresa de coleta de reciclagem. Por volta das 10 horas o advogado irá protocolar um pedido de revogação da prisão temporária.
De acordo com o delegado Nilson Rodrigues, da Polícia Civil de Maringá, Cardoso faz parte de uma quadrilha que praticava roubos a malotes e empresas em toda a região Noroeste. Seu mandado de prisão temporário foi expedido para assegurar o andamento das investigações.
“Há alguns meses estamos atrás desse grupo e temos fortes indícios para afirmar que ele também praticava esses roubos. Fomos até a casa dele na quinta-feira (26) e encontramos duas armas de fogo”, conta. Segundo o advogado, uma delas estava devidamente registrada. A Polícia Civil ainda está levantando essa informação.
O delegado entrou com um pedido de busca e apreensão do acusado nesta terça-feira. O juiz da 4ª Vara criminal deve julgar ainda hoje os pedidos da Polícia e do advogado de Cardoso.
Na semana passada, três integrantes da quadrilha citada pelo delegado morreram em confronto com a polícia em Maringá. Outras três pessoas foram presas e estão na carceragem da 9ª Subdivisão de Polícia Civil de Maringá.
(Jornal de Maringá)

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