Uma menina de 3 anos pode ter sido vítima da troca acidental de água destilada por cloreto de potássio em um hospital público de Andirá, no Norte Pioneiro. A morte foi registrada no último dia 7, no ambulatório do Hospital Sociedade Beneficente de Andirá, mas o caso só foi revelado depois que a família da criança resolveu denunciar o fato.
Além da morte da menina, a mãe e o pai da criança acusam o médico de plantão de não estar presente no hospital durante a emergência. A criança acabou morrendo pouco mais de 10 minutos após a aplicação do medicamento.
Desde o dia da morte, a Polícia Civil de Andirá está investigando o caso. O delegado que preside o inquérito, Almir Salmem, não quis revelar detalhes da investigação. A reportagem apurou, porém, que a polícia trabalha com três hipóteses: erro médico, omissão de socorro e homicídio.
A família da criança acusa uma auxiliar de enfermagem de ter trocado acidentalmente os fracos de água destilada por cloreto de potássio. A confusão teria acontecido durante a preparação de uma injeção de ampicilina sódica e hidrocortisona que foi aplicada na menina. A paciente estava internada na enfermaria da casa de saúde, se recuperando de uma pneumonia. O medicamento em pó precisa ser diluído em água destilada ou soro fisiológico.
Troca
O secretário de Saúde de Andirá, José Roberto de Oliveira, responsável pelo setor clínico do hospital, reconheceu a troca dos medicamentos e disse que tanto o hospital quanto a prefeitura da cidade têm o maior interesse em esclarecer os fatos. O secretário também afirmou que ainda não conversou com o médico de plantão sobre a acusação de que ele não estava no hospital durante a emergência. “Se isso aconteceu eu desconheço. No entanto, mesmo que uma junta de 10 médicos estivesse no hospital não seria possível salvar a criança”, disse.
O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público Estadual. O promotor de Justiça Tiago de Oliveira Gerardi aguarda agora a conclusão do inquérito policial para tomar outras medidas.
Conforme o advogado da família, Marcos César Caetano Pimenta, no dia da morte da criança o promotor de Justiça teria sugerido a realização da necropsia do corpo da criança. Porém, o pai da menina, o auxiliar de serviços-gerais Mário Romão, disse que não queria que o procedimento fosse realizado, porque a mãe da criança, a também auxiliar de serviços-gerais Silvia Renata de Oliveira Reis Romão, 25, estava muito abalada com a tragédia.
Mesmo assim, um tio da vítima recolheu do hospital amostras de sangue do corpo da menina e levou o material a um laboratório em Ourinhos (SP). O resultado do exame demonstrou alto teor de potássio no sangue da criança.
A polícia recolheu o resultado, assim como uma nova amostra de sangue para a realização de outros exames. O frasco onde estava o cloreto de potássio também foi recolhido. Ontem, o advogado Marcos Pimenta disse à reportagem que o atestado de óbito da menina aponta para morte por parada cardíaca. Mas, mesmo sem o exame de autópsia, não vai ser difícil descobrir se a alta dose de potássio foi o que causou a morte da criança.
Conforme Pimenta, a família da vítima vai aguardar os resultados da investigação para decidir se denuncia ou não o médico que deveria estar presente no plantão. Os resultados também definirão se os pais denunciarão o Hospital Sociedade Beneficente de Andirá ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
O provedor da casa de saúde, Vagner Luiz Calixto, disse que não vai se manifestar agora. Calixto prefere aguardar a investigação da polícia e a decisão da Justiça para depois comentar o caso.
(Gazeta do Povo)
Além da morte da menina, a mãe e o pai da criança acusam o médico de plantão de não estar presente no hospital durante a emergência. A criança acabou morrendo pouco mais de 10 minutos após a aplicação do medicamento.
Desde o dia da morte, a Polícia Civil de Andirá está investigando o caso. O delegado que preside o inquérito, Almir Salmem, não quis revelar detalhes da investigação. A reportagem apurou, porém, que a polícia trabalha com três hipóteses: erro médico, omissão de socorro e homicídio.
A família da criança acusa uma auxiliar de enfermagem de ter trocado acidentalmente os fracos de água destilada por cloreto de potássio. A confusão teria acontecido durante a preparação de uma injeção de ampicilina sódica e hidrocortisona que foi aplicada na menina. A paciente estava internada na enfermaria da casa de saúde, se recuperando de uma pneumonia. O medicamento em pó precisa ser diluído em água destilada ou soro fisiológico.
Troca
O secretário de Saúde de Andirá, José Roberto de Oliveira, responsável pelo setor clínico do hospital, reconheceu a troca dos medicamentos e disse que tanto o hospital quanto a prefeitura da cidade têm o maior interesse em esclarecer os fatos. O secretário também afirmou que ainda não conversou com o médico de plantão sobre a acusação de que ele não estava no hospital durante a emergência. “Se isso aconteceu eu desconheço. No entanto, mesmo que uma junta de 10 médicos estivesse no hospital não seria possível salvar a criança”, disse.
O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público Estadual. O promotor de Justiça Tiago de Oliveira Gerardi aguarda agora a conclusão do inquérito policial para tomar outras medidas.
Conforme o advogado da família, Marcos César Caetano Pimenta, no dia da morte da criança o promotor de Justiça teria sugerido a realização da necropsia do corpo da criança. Porém, o pai da menina, o auxiliar de serviços-gerais Mário Romão, disse que não queria que o procedimento fosse realizado, porque a mãe da criança, a também auxiliar de serviços-gerais Silvia Renata de Oliveira Reis Romão, 25, estava muito abalada com a tragédia.
Mesmo assim, um tio da vítima recolheu do hospital amostras de sangue do corpo da menina e levou o material a um laboratório em Ourinhos (SP). O resultado do exame demonstrou alto teor de potássio no sangue da criança.
A polícia recolheu o resultado, assim como uma nova amostra de sangue para a realização de outros exames. O frasco onde estava o cloreto de potássio também foi recolhido. Ontem, o advogado Marcos Pimenta disse à reportagem que o atestado de óbito da menina aponta para morte por parada cardíaca. Mas, mesmo sem o exame de autópsia, não vai ser difícil descobrir se a alta dose de potássio foi o que causou a morte da criança.
Conforme Pimenta, a família da vítima vai aguardar os resultados da investigação para decidir se denuncia ou não o médico que deveria estar presente no plantão. Os resultados também definirão se os pais denunciarão o Hospital Sociedade Beneficente de Andirá ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
O provedor da casa de saúde, Vagner Luiz Calixto, disse que não vai se manifestar agora. Calixto prefere aguardar a investigação da polícia e a decisão da Justiça para depois comentar o caso.
(Gazeta do Povo)
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