quarta-feira, 20 de maio de 2009

Nove pessoas suspeitas de fraude milionária contra a Brasil Telecom são ouvidas em Curitiba

Nove pessoas suspeitas de envolvimento em uma fraude milionária contra a empresa de telefonia Brasil Telecom foram ouvidas, nesta terça-feira (19), na 9° Vara Criminal de Curitiba. Há seis meses, o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu a quadrilha que realizava golpes nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O prejuízo para a empresa chegou a R$ 7,5 milhões.
O grupo reduzia em até 95% ou anulava o valor das contas de clientes Brasil Telecom. O acusado de chefiar o esquema, Vandré Oliveira de Araújo, de 24 anos, foi um dos primeiros a ser ouvido nesta terça-feira, porém, as investigações seguem em sigilo e informações não podem ser divulgadas.
Segundo a 9° Vara Criminal de Curitiba, também foram ouvidos: Pamela Cassis Budag (namorada de Araújo), Vera Lúcia Cassis Budag (sogra de Araújo), Priscila Cassis Budag (filha de Vera), e os amigos Hugo Rico Meira, Jackson Figueiro, Jorge Junior Leonel, Alex Yuri Chilipaki Whirshl e Cristiane da Silva de Araújo. De acordo com a polícia, estes seriam os responsáveis por angariar pessoas que quisessem se beneficiar com a fraude. O esquema causava prejuízos de R$ 2 milhões à empresa por ano e teria começado a funcionar em 2003.
Prisão
O Cope prendeu 60 pessoas suspeitas de envolvimento na fraude contra a Brasil Telecom no dia 4 de novembro de 2008. Durante a operação, batizada de Espectro, a polícia prendeu 40 pessoas em Curitiba. Outros dez envolvidos foram presos no interior do Paraná e nove em Santa Catarina. Vinte detidos eram integrantes da quadrilha e 40 eram clientes que aceitaram participar do esquema.
A fraude estava sendo investigado pelo Cope desde dezembro de 2007, quando a Brasil Telecom detectou o problema. A empresa começou a desconfiar do golpe depois de perceber que uma grande quantidade de retificações nos valores de diversas contas estava sendo feitas por um mesmo funcionário.
Os funcionários aliciados pela quadrilha “alugavam” suas senhas de acesso ao sistema da empresa. Com os códigos, o cabeça da quadrilha usava uma central de computadores clandestina para mudar o valor das contas. Os beneficiários do golpe repassavam metade do valor real de sua conta telefônica para a quadrilha e em troca tinham a fatura reduzida.
(Gazeta do Povo)

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