Desde a última terça-feira, quem circula pelas ruas de Guarapuava, na região central do Paraná, se depara com outdoors do ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho, de 26 anos, agradecendo às orações que recebeu pela recuperação de sua saúde. Com a frase “Agradeço a Deus pela vida e a todos que estão orando por mim”, os cerca de 20 outdoors, ao custo médio de R$ 200 cada, ficarão expostos por duas semanas nas principais ruas centrais e dos bairros de Guarapuava.
Segundo especialistas em comunicação consultados pela Gazeta do Povo, as recentes manifestações públicas de Carli Filho indicam que ele começa a trabalhar para resgatar sua imagem pública. O ex-deputado é acusado de matar dois jovens no trânsito depois de beber, dirigir em alta velocidade e causar um acidente com outro veículo, no qual estavam as vítimas. A colisão ocorreu há dois meses, em Curitiba. E, devido à repercussão do caso, Carli Filho acabou renunciando ao cargo de deputado estadual – a primeira renúncia na história da Assembleia Legislativa do Paraná.
Desde o acidente, em 7 de maio, a família do ex-deputado e ele próprio procuraram evitar se expor. Até agora, apenas quatro manifestações dos Carli haviam se tornado públicas, além dos outdoors. Em maio, a mãe de Carli Filho, Ana Rita Slaviero Guimarães Carli, concedeu uma entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo. Na entrevista, afirmou que o filho responderia pelos seus atos se fosse considerado culpado.
O pai de Carli Filho, o prefeito de Guarapuava Fernando Ribas Carli (PP), deu uma entrevista à Gazeta no mesmo fim de semana. Há duas semanas, ele voltou a falar à imprensa, agradeceu a todas as mensagens de apoio e afirmou que o filho poderá voltar à política. E o ex-deputado, na segunda-feira, concordou em conceder uma entrevista à Gazeta do Povo, que foi publicada na terça-feira. Carli Filho disse estar em busca de sua “missão” na Terra, demonstrou apego à religião após o acidente e afirmou esperar não ser alvo de um pré-julgamento. Mas não quis responder a perguntas relativas ao andamento do inquérito e ao acidente em si. Na ocasião da entrevista, Carli Filho estava acompanhado de seu assessor de imprensa, que tirava fotos do ex-deputados em uma igreja.
Ao contrário das escassas manifestações dos Carli Filho até agora, nesses dois meses os familiares das vítimas do acidente – os jovens Gilmar Rafael Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20 anos –, realizam uma série de protestos e aparecem frequentemente na mídia para cobrar providências no caso.
O consultor de marketing Hudson José afirma que a sociedade começa a assistir a uma “guerra de mídia”, em que a figura do ex-deputado vai voltar aos meios de comunicação, depois de um distanciamento enquanto ele esteve internado.
Hudson José considera que as estratégias usadas por Carli Filho estão sendo corretas, do ponto de vista do marketing, para a recuperação de sua imagem. “Ele está se mostrando humano, frágil, fortalecendo sua figura como filho, e demonstrando fé”, afirma o consultor. “Tudo isso vai pesar no andamento do processo e do julgamento.”
Já para o jornalista e consultor em gerenciamento de crises Carlos Brickman, o caso é complexo porque envolve morte. “Tudo bem ele espalhar cartazes agradecendo pelas orações. Mas quem vai orar pelos que morreram?”, questiona Brickman. Ele afirma que todos os fatos que envolvem pessoas públicas podem ser vistos de diversas maneiras. Neste caso, diz o consultor, o importante seria que Carli Filho emitisse uma carta pública afirmando que errou ou então que tentasse provar, por meio do inquérito policial, que não estava embriagado nem em alta velocidade.
(Tudo Paraná)
Segundo especialistas em comunicação consultados pela Gazeta do Povo, as recentes manifestações públicas de Carli Filho indicam que ele começa a trabalhar para resgatar sua imagem pública. O ex-deputado é acusado de matar dois jovens no trânsito depois de beber, dirigir em alta velocidade e causar um acidente com outro veículo, no qual estavam as vítimas. A colisão ocorreu há dois meses, em Curitiba. E, devido à repercussão do caso, Carli Filho acabou renunciando ao cargo de deputado estadual – a primeira renúncia na história da Assembleia Legislativa do Paraná.
Desde o acidente, em 7 de maio, a família do ex-deputado e ele próprio procuraram evitar se expor. Até agora, apenas quatro manifestações dos Carli haviam se tornado públicas, além dos outdoors. Em maio, a mãe de Carli Filho, Ana Rita Slaviero Guimarães Carli, concedeu uma entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo. Na entrevista, afirmou que o filho responderia pelos seus atos se fosse considerado culpado.
O pai de Carli Filho, o prefeito de Guarapuava Fernando Ribas Carli (PP), deu uma entrevista à Gazeta no mesmo fim de semana. Há duas semanas, ele voltou a falar à imprensa, agradeceu a todas as mensagens de apoio e afirmou que o filho poderá voltar à política. E o ex-deputado, na segunda-feira, concordou em conceder uma entrevista à Gazeta do Povo, que foi publicada na terça-feira. Carli Filho disse estar em busca de sua “missão” na Terra, demonstrou apego à religião após o acidente e afirmou esperar não ser alvo de um pré-julgamento. Mas não quis responder a perguntas relativas ao andamento do inquérito e ao acidente em si. Na ocasião da entrevista, Carli Filho estava acompanhado de seu assessor de imprensa, que tirava fotos do ex-deputados em uma igreja.
Ao contrário das escassas manifestações dos Carli Filho até agora, nesses dois meses os familiares das vítimas do acidente – os jovens Gilmar Rafael Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20 anos –, realizam uma série de protestos e aparecem frequentemente na mídia para cobrar providências no caso.
O consultor de marketing Hudson José afirma que a sociedade começa a assistir a uma “guerra de mídia”, em que a figura do ex-deputado vai voltar aos meios de comunicação, depois de um distanciamento enquanto ele esteve internado.
Hudson José considera que as estratégias usadas por Carli Filho estão sendo corretas, do ponto de vista do marketing, para a recuperação de sua imagem. “Ele está se mostrando humano, frágil, fortalecendo sua figura como filho, e demonstrando fé”, afirma o consultor. “Tudo isso vai pesar no andamento do processo e do julgamento.”
Já para o jornalista e consultor em gerenciamento de crises Carlos Brickman, o caso é complexo porque envolve morte. “Tudo bem ele espalhar cartazes agradecendo pelas orações. Mas quem vai orar pelos que morreram?”, questiona Brickman. Ele afirma que todos os fatos que envolvem pessoas públicas podem ser vistos de diversas maneiras. Neste caso, diz o consultor, o importante seria que Carli Filho emitisse uma carta pública afirmando que errou ou então que tentasse provar, por meio do inquérito policial, que não estava embriagado nem em alta velocidade.
(Tudo Paraná)
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