“Eu vou ficar olhando para o meu velho”, disse a pensionista Leroy Gaspar da Silva ao posar para profissionais da imprensa que acompanharam ontem a cerimônia de entrega do diamante feito com as cinzas de seu marido, em Curitiba. Trata-se da primeira joia no País, feita a partir de restos mortais.
Leroy desembolsou cerca de R$ 12 mil para transformar as cinzas do marido - o militar da reserva Jorge Gaspar da Silva, falecido em 1994, aos 61 anos. A viúva conta que se interessou pela transformação dos restos mortais do marido assim que soube dessa possibilidade.
“Com ele sepultado, a impressão que dava é que ele ficava abandonado. Por isso, eu ia sempre visitar o túmulo. Com essa joia, não temos mais aquela obrigação de ir ao cemitério”, conta.
A viúva, que pretende presentear a filha com o diamante, afirma que prefere não pensar como deve ser tratado o seu funeral, porém ela não descarta receber a mesma homenagem póstuma que prestou ao marido.
No entanto, em tom de descontração, a filha Lígia Cardoso já adianta que deve fazer o mesmo quando Leroy for “embora”. “Acho que vou fazer um pingente. Quando ela for, e espero que isso demore muito, vou fazer um par de pingentes com o dois”, disse.
Dos cerca de dois quilos de cinzas extraídos dos ossos do ex-militar na cremação, meio quilo foi utilizado para fazer uma joia de 0,25 quilates, com 4,1 milímetros - o equivalente ao tamanho de uma ervilha.
O restante, dona Leroy afirma ter jogado no lugar que o falecido mais gostava. “Ele adorava corrida de cavalos. Por isso decidimos jogar parte das cinzas lá”, conta.
Processo
O processo de confecção do diamante é realizado na Suíça. No laboratório, as cinzas são submetidas a sessões de alta pressão e temperaturas de até 1.500ºC, ao longo de dois a três meses. O valor da fabricação das pedras preciosas varia de R$ 12.677 a R$ 52.330, dependendo do quilate.
Tanto a cerimônia de cremação realizada em dezembro do ano passado quanto o pedido de confecção do diamante foram realizados pela Funerária e Crematório Vaticano, de Curitiba, que oferece o serviço exclusivo desde o Dia de Finados de 2008. O processo de transformação das cinzas é feito pela empresa Algordanza.
A responsável pelo Crematório Vaticano, Mylena Cooper, conta que já existe uma média mensal de dez interessados no serviço. Ela espera que com a efetivação do primeiro diamante o número de pedidos aumente. “Com a popularização do processo de cremação, a procura por esse serviço também deve crescer”, prevê.
(Paraná Online)
Leroy desembolsou cerca de R$ 12 mil para transformar as cinzas do marido - o militar da reserva Jorge Gaspar da Silva, falecido em 1994, aos 61 anos. A viúva conta que se interessou pela transformação dos restos mortais do marido assim que soube dessa possibilidade.
“Com ele sepultado, a impressão que dava é que ele ficava abandonado. Por isso, eu ia sempre visitar o túmulo. Com essa joia, não temos mais aquela obrigação de ir ao cemitério”, conta.
A viúva, que pretende presentear a filha com o diamante, afirma que prefere não pensar como deve ser tratado o seu funeral, porém ela não descarta receber a mesma homenagem póstuma que prestou ao marido.
No entanto, em tom de descontração, a filha Lígia Cardoso já adianta que deve fazer o mesmo quando Leroy for “embora”. “Acho que vou fazer um pingente. Quando ela for, e espero que isso demore muito, vou fazer um par de pingentes com o dois”, disse.
Dos cerca de dois quilos de cinzas extraídos dos ossos do ex-militar na cremação, meio quilo foi utilizado para fazer uma joia de 0,25 quilates, com 4,1 milímetros - o equivalente ao tamanho de uma ervilha.
O restante, dona Leroy afirma ter jogado no lugar que o falecido mais gostava. “Ele adorava corrida de cavalos. Por isso decidimos jogar parte das cinzas lá”, conta.
Processo
O processo de confecção do diamante é realizado na Suíça. No laboratório, as cinzas são submetidas a sessões de alta pressão e temperaturas de até 1.500ºC, ao longo de dois a três meses. O valor da fabricação das pedras preciosas varia de R$ 12.677 a R$ 52.330, dependendo do quilate.
Tanto a cerimônia de cremação realizada em dezembro do ano passado quanto o pedido de confecção do diamante foram realizados pela Funerária e Crematório Vaticano, de Curitiba, que oferece o serviço exclusivo desde o Dia de Finados de 2008. O processo de transformação das cinzas é feito pela empresa Algordanza.
A responsável pelo Crematório Vaticano, Mylena Cooper, conta que já existe uma média mensal de dez interessados no serviço. Ela espera que com a efetivação do primeiro diamante o número de pedidos aumente. “Com a popularização do processo de cremação, a procura por esse serviço também deve crescer”, prevê.
(Paraná Online)
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