quarta-feira, 29 de julho de 2009

Curtume de Cianorte é interditado depois de 11 autuações em cinco anos

Um curtume na região rural de Cianorte, Noroeste do Paraná, foi autuado e interditado por despejar resíduos líquidos poluentes no Rio Catingueiro, na manhã desta quarta-feira (29). Essa foi a décima primeira autuação da empresa, desde 2003. O sócio-administrador também foi notificado por crime ambiental. Duas substâncias fora dos padrões permitidos foram encontradas em amostras recolhidas há alguns dias. A operação foi uma ação conjunta da Força Verde da Policia Militar e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Na ocasião da coletas de amostras, além da aparência incomum da água, o Rio Catingueiro apresentava forte odor, peixes mortos e espuma. O curtume também não cumpriu o ajuste de conduta exigido pelo IAP.
Duas multas serão aplicadas, mas o valor só será definido durante o julgamento que deve ocorrer em breve, mas ainda sem data definida. O valor poderá variar entre R$5 mil e R$50 milhões, explicou Alcimar Crecêncio, comandante da Força Verde em Umuarama.
O sócio-administrador só não foi preso em flagrante pela demora nos resultados das amostras coletadas. Depois de lavrar os boletins de ocorrência, as provas serão encaminhadas para o Ministério Público que poderá oferecer denúncia contra a empresa e o responsável.
De acordo com Servídio Lole Orben, chefe regional do IAP em Umuarama, as autoridades têm dificuldades em combater a ação dessa empresa especifica. “Eles sempre trocam de proprietário e de CNPJ”, disse ele. Essa última mesmo, explicou, existe oficialmente há apenas três meses. Em outras ocasiões a empresa também já foi autuada por falta de licença de funcionamento.
Em junho, o Paraná TV já havia mostrado que os moradores da região estavam preocupados com a situação do rio e fizeram denúncias de poluição.
Abatedouros
Numa ação parecida, IAP e Ministério Público interditaram dois abatedouros nas cidades de Iretama e Roncador, região Central. Além de irregularidades sanitárias e uso fraudulento de carimbo da fiscalização municipal, os fiscais também flagraram crueldade contra os animais no momento do abate.
O trabalho de vistoria foi iniciado quando o abatedouro da cidade de Iretama foi visitado. Lá não houve flagrante de abate irregular e uso de carimbo falso, mas foram anotados indícios de práticas semelhantes. Em ambos os estabelecimentos foram feitas fotografias de problemas como falta de higiene, depósito inadequado de produtos e resíduos, presença de animais domésticos e materiais contaminantes nas proximidades do prédio, entre outros.
(Jornal de Maringá)

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