quarta-feira, 1 de julho de 2009

Maringá tem 20 casos de dengue confirmados nos últimos 45 dias

Números da Secretaria de Saúde de Maringá revelam que a cidade já tem 51 casos confirmados da dengue, em 2009. Do total do levantamento feito até esta quarta-feira (1.º), 20 foram registrados nos últimos 45 dias (final do outono - início do inverno). De acordo com o secretário de saúde, Antônio Carlos Nardi, todos as manifestações da doença se apresentaram na forma clássica (menos agressiva ao organismo). Em 2008, foram 56 confirmados.
O bairro que registrou o maior número de casos foi a Vila Esperança, com sete registros. Para não deixar o mosquito se proliferar, a Secretaria de Saúde iniciou uma campanha de conscientização para alertar a população sobre os riscos da dengue durante o inverno. “Muita gente pensa que o vetor da doença, o mosquito aedes aegypti, só se procria e se prolifera no verão, quando o tempo está quente. Isso não é verdade, os ovos do mosquito são resistentes e podem durar até 450 dias”, disse Nardi.
O secretário diz que a situação não é alarmante, mas oferece risco. “O mapa epidemiológico está constante, não há muita mudança, mas é necessário mostrar para a população que existe o perigo.” Ele afirma que além da longevidade dos ovos do mosquito, o comportamento dos insetos também mudou. “Estão mais resistentes e a prova disso é o aumento do número de casos nos últimos dias quando o tempo ficou frio e chuvoso, ambiente não favorável ao mosquito”, explicou.
A secretaria ainda não tem um levantamento do índice de focos do aedes aegypti nos bairros. O próximo deve ficar pronto entre a última semana de julho e primeira de agosto. No último, divulgado em abril, apresentou índice muito acima do indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de no máximo 1% sobre o total de 100 casas.
Na época, os locais com maior número de focos eram os bairros Champagnat, João Paulino, Branca Vieira, Jardim Oásis, Jardim Pinheiro e Colina Verde, onde foram registrados índices de 4,6%, quase cinco vezes maior que o normal. Em seguida, os bairros Conjunto Leia Leal, Morangueira e Alvorada III registravam 3,6%.
A campanha vai alertar aos moradores que além dos cuidados com a água acumulada em pneus, vasos de plantas e garrafas, a população deve cuidar do lixo espalhado nos quintais das residências. “A maior concentração de ovos do mosquito está no lixo que fica alastrado pelos terrenos das casas. A pessoa não tem pneu nem garrafa no fundo de casa, mas tem lixo. São esses resíduos que estão contribuindo para a procriação do mosquito”, disse.
(Jornal de Maringá)

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