quinta-feira, 30 de julho de 2009

Medo da gripe A deixa 650 mil sem aula no PR

Cerca de 650 mil alunos paranaenses ficarão sem aulas até o próximo dia 10 em função da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína. O Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR) decidiu ontem orientar seus 1.960 estabelecimentos de ensino a suspender temporariamente as aulas. A prefeitura de Curitiba também anunciou medida semelhante: alunos das escolas municipais e creches públicas da cidade terão férias até o dia 9.
Outras prefeituras paranaenses também já decidiram paralisar as aulas. Ontem, 19 prefeituras do Norte Pioneiro anunciaram a extensão das férias. A Uni­ver­sidade Estadual do Norte do Pa­raná (Uenp) e a Unioeste também cancelaram as aulas. A suspensão das aulas é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como medida cautelar para evitar que a doença se espalhe em locais onde ainda não foi instalada.
A suspensão nas escolas da rede privada do estado pode ser prorrogada por um período ainda maior. Só em estabelecimentos particulares estudam no Paraná 542.767 pessoas, segundo o Censo da Educação de 2008, do Ministério da Educação (MEC).
De acordo com o presidente do Sinepe-PR, Ademar Batista Pereira, a suspensão não é obrigatória. “Cada escola é autônoma para decidir sobre seu funcionamento”, diz. O Sinepe-PR só não agrega escolas das regiões de Londrina e Maringá, que ainda não decidiram paralisar as aulas.
Faculdades
Nove instituições de ensino superior da capital também decidiram acatar a orientação. O vice-reitor da Universidade Positivo, José Pio Martins, ressalta que não haverá prejuízos aos 11 mil alunos da instituição. “A carga horária será reposta e os prazos serão estendidos na mesma proporção”, diz.
Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a única mudança é para o curso de Medicina. Foram canceladas algumas atividades práticas em que há contato direto do paciente com grupos de estudantes. De acordo com vice-reitor, Rogério Mulinari, os outros cursos não devem ter aulas suspensas por enquanto. “Não há evidência científica de que a suspensão seja produtiva”, diz.
(Tudo Paraná)

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