O papa Bento 16 removeu efetivamente nesta quarta-feira um funcionário do Vaticano amplamente responsabilizado por uma controvérsia envolvendo um bispo que negou o Holocausto.
O cardeal Darío Castrillón Hoyos era presidente do departamento do Vaticano criado 20 anos atrás para buscar uma reaproximação com um grupo dissidente ultraconservador ligado ao escândalo de negação do Holocausto, que emergiu em janeiro.
O papa colocou agora esse departamento, conhecido como Ecclesia Dei (Igreja de Deus), sob o controle do departamento de doutrina do Vaticano -- a Congregação pela Doutrina da Fé -- e nomeou o cardeal norte-americano Joseph Levada para presidi-lo.
O departamento Ecclesia Dei foi amplamente responsabilizado pelo ultraje internacional resultante da decisão do papa de remover a excomunhão de quatro bispos da tradicionalista Sociedade de São Pio 10 (SSPX).
Ao remover a excomunhão, o papa estava tentando pôr fim a uma disputa de 20 anos, iniciada quando os bispos foram punidos por terem sido ordenados sem a permissão do papa João Paulo 2o.
Um dos bispos, Richard Williamson, disse em entrevista acreditar que não existiram câmaras de gás e não mais do que 300.000 judeus pereceram em campos de concentração nazistas, em vez do total de 6 milhões afirmado pelos historiadores.
O bispo britânico já havia feito comentários semelhantes antes -- boa parte deles disponíveis na Internet -- e Castrillón Hoyos foi criticado por não ter examinado o caso dele adequadamente e previsto a reação que se seguiria.
Na época do escândalo, o Vaticano informou que o papa não sabia dessas declarações de Williamson e o próprio Bento 16 admitiu, em uma carta a bispos, que a Igreja tinha de aprender a usar apropriadamente a Internet.
Os comentários de Williamson e a decisão do papa de remover sua excomunhão causaram uma profunda fissura nas relações católico-judaicas. A medida foi condenada por sobreviventes do Holocausto, católicos, o chefe do Rabinato de Israel, líderes judaicos em todo o mundo e a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel.
(Globo.com)
O cardeal Darío Castrillón Hoyos era presidente do departamento do Vaticano criado 20 anos atrás para buscar uma reaproximação com um grupo dissidente ultraconservador ligado ao escândalo de negação do Holocausto, que emergiu em janeiro.
O papa colocou agora esse departamento, conhecido como Ecclesia Dei (Igreja de Deus), sob o controle do departamento de doutrina do Vaticano -- a Congregação pela Doutrina da Fé -- e nomeou o cardeal norte-americano Joseph Levada para presidi-lo.
O departamento Ecclesia Dei foi amplamente responsabilizado pelo ultraje internacional resultante da decisão do papa de remover a excomunhão de quatro bispos da tradicionalista Sociedade de São Pio 10 (SSPX).
Ao remover a excomunhão, o papa estava tentando pôr fim a uma disputa de 20 anos, iniciada quando os bispos foram punidos por terem sido ordenados sem a permissão do papa João Paulo 2o.
Um dos bispos, Richard Williamson, disse em entrevista acreditar que não existiram câmaras de gás e não mais do que 300.000 judeus pereceram em campos de concentração nazistas, em vez do total de 6 milhões afirmado pelos historiadores.
O bispo britânico já havia feito comentários semelhantes antes -- boa parte deles disponíveis na Internet -- e Castrillón Hoyos foi criticado por não ter examinado o caso dele adequadamente e previsto a reação que se seguiria.
Na época do escândalo, o Vaticano informou que o papa não sabia dessas declarações de Williamson e o próprio Bento 16 admitiu, em uma carta a bispos, que a Igreja tinha de aprender a usar apropriadamente a Internet.
Os comentários de Williamson e a decisão do papa de remover sua excomunhão causaram uma profunda fissura nas relações católico-judaicas. A medida foi condenada por sobreviventes do Holocausto, católicos, o chefe do Rabinato de Israel, líderes judaicos em todo o mundo e a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel.
(Globo.com)
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