sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sindicato dos Bancários estuda entrar na Justiça para agilizar atendimento em Sarandi

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Maringá e Região (Seeb) estuda entrar com uma ação civil pública no Ministério Público do Trabalho (MPT) para agilizar o atendimento nas agências de Sarandi, a 12 km de Maringá. Há cinco grandes agências no município (além de cooperativas de crédito) e todas apresentam filas - em alguns casos até mesmo para a retirada de senhas, como mostrou reportagem do programa Bom Dia Paraná, da RPC TV.
Antes de ingressar com a ação, o Seeb vai aguardar uma solução por parte do Procon do município, com quem se reuniu nesta semana e pediu providências. Se em um mês a situação não mudar, a ação será protocolada.
"Precisamos desafogar o trabalho dos companheiros de Sarandi, que estão passando sufoco no atendimento. Os serviços bancários estão muito precarizados no município", afirma o presidente do Seeb, Claudecir de Souza.
A situação revolta quem frequenta as agências. "Tem que ter muita paciência. Eu mesmo estou há quase duas horas na fila", disse o servente Euclidez Diniz Filho.
O tempo de espera supera o limite da lei, que tolera espera entre 20 e 30 minutos.
Mesmo com o desrespeito à norma, o Procon do município não pode aplicar multas, porque não possui a estrutura necessária. "Está faltando a regularização de algumas normas para a aplicação das multas", reconhece a coordenadora do órgão no município, Taísa Silveira.
A Prefeitura de Sarandi informou à reportagem que o Procon precisa criar um conselho fiscal para que fiscais possam ser contratados.
Outros municípios
Os problemas no atendimento bancário são comuns em outros municípios da região, inclusive Maringá. Segundo Souza, as agências bancárias do Noroeste tem cerca de 1.500 funcionários, metade do necessário para um atendimento de qualidade. "Lutamos para elevar esse número para três mil. Só assim podemos oferecer um serviço razoável ao cliente de banco".
Resposta das agências
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), associação que representa os bancos, informa, por meio de nota da assessoria de imprensa, que “Os bancos têm plena consciência do desafio de oferecer sempre serviços e produtos melhores e um atendimento de boa qualidade, focados no respeito ao consumidor (...) Porém, como em qualquer outra atividade, nem sempre é possível o pronto-atendimento”.
A nota informa também que “O principal de todos esses fatores, o maior de todos os que ocasionam filas é a concentração de pagamentos e de recebimentos nos cinco primeiros dias úteis de todo mês. Neste período vencem, e têm de ser pagos geralmente no caixa das agências, a maioria dos tributos federais, estaduais e municipais, a arrecadação do INSS, o pagamento de aposentados e pensionistas da Previdência Social e o pagamento dos funcionários públicos”.
A nota informa ainda que a Febraban possui um Grupo de Trabalho com o objetivo de propor soluções e medidas que contribuam para tornar mais ágil e eficiente o atendimento nas agências, que desenvolve ações como estímulo ao uso do débito automático por parte das empresas que emitem boletos, pesquisa para monitoramento de filas e ampliação do atendimento nos dias de pico.
(Jornal de Maringá)

Nenhum comentário: