sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Proposta de Cheida contraria compromisso assumido com Cianorte

O deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB), candidato a prefeito de Londrina, está propondo o tombamento dos rios Ivaí, Piquiri e Tibagi, respectivamente, com três projetos de lei na Assembléia Legislativa, para evitar a construção de barragens ou usinas hidrelétricas em seus leitos.
A iniciativa de Cheida vai contra a decisão do governador Roberto Requião, que liberou em julho último a construção da Usina Hidrelétrica Mauá no Rio Tibagi, nos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, na região central do Estado.
A proposta de Cheida contraria um compromisso que fez com a Avenorte ao tempo em que foi secretário estadual do Meio Ambiente. A empresa cianortense tem um projeto para construir uma pequena hidrelétrica na divisa dos Municípios de São Tomé e Indianópolis. O processo tem algumas centenas de páginas e todas as exigências ambientais foram cumpridas. O próprio Cheida reconheceu isto e se colocou à disposição para ser o “advogado de Cianorte” para defender o projeto junto ao Governo Requião. Basta pegar os jornais da época, está lá, com todas as letras. O agora deputado e candidato a prefeito de Londrina mudou de idéia. A propósito a Avenorte bem que poderia dar divulgação da íntegra do documento e mostrar para a população quem é o sr. Cheida. É bom lembrar: político profissional sempre está antenado com as eleições nos próximos dois anos seguintes. Agora é municipal, daqui a dois anos para deputado, senador, governador, presidente e essas coisas.
Segundo Cheida, com a aprovação de seus projetos de lei, "os rios Ivaí, Piquiri e Tibagi, que são do povo paranaense, não poderão ter suas características alteradas". E explicou: "Não poderão mudar o seu curso e nem construir barragens em seus leitos. Preservar um rio é uma coisa maravilhosa".
Críticas
Para o ex-diretor de Distribuição e de Planejamento da Copel e consultor em energia Ivo Augusto de Abreu Pugnaloni, a proposta de Cheida "é um retrocesso, levando-se em conta a iniciativa favorável do Governo do Estado em relação à Usina Mauá".
"Depois ficamos dependendo de gás boliviano para gerar energia elétrica e não sabemos o motivo", disse Pugnaloni. O consultor em energia, que também é engenheiro eletricista, afirmou que "Cheida, como ambientalista, se tem alguma coisa contra o uso de rios para geração de energia que lance mão da legislação ambiental ao invés de ficar inventando novas leis".
Com informações de O Diário

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