Aviário de Altônia era utilizado por contrabandistas

O duro trabalho nos barracões destinado à criação de frangos de corte, em uma propriedade de Altônia – o nome não foi divulgado pela Polícia Federal (PF) -, servia apenas como faixada para um negócio bem mais lucrativo; depósito para contrabandistas de cigarros comprados com vantagens fiscais, no Paraguai.
O aviário funcionava em harmonia com os depósitos de cigarros. Enquanto os frangos eram alimentados quase que automaticamente, carretas vindas de várias partes do país, eram carregadas com as mercadorias estrangeiras. Para evitar prejuízos com as chuvas os produtos eram cobertos com lonas. Porém, a traquilidade e os lucros foram interrompidos por uma denúncia anônima feita à polícia.
Instruídos por um denunciante os policiais montaram uma operação e, na noite de anteontem, acabaram apreendendo aproximadamente 2,2 mil caixas de cigarros, além de um bi-trem, uma carreta e um caminhão, carregados com 650 caixas do produto. Ninguém foi preso. Os contrabandistas haviam fugido minutos antes da chegada dos policiais.
Na propriedade os federais encontraram apenas o caseiro – responsável pela manutenção do local e por alimentar as aves -, e duas crianças.
Os veículos, bem como as mercadorias, foram levadas para a Delegacia da Polícia Federal em Guaíra. Agora os policiais abriram inquérito para apurar a identidade dos proprietários dos veículos e da chácara.
(Umuarama Ilustrado)