terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Prisões trazem à tona o caso Tércio, ex-juiz de Cianorte

Dois mandados de prisões expedidos pelo juiz substituto da 2ª Vara Criminal, Ricardo José Lopes, e cumpridos ontem pela manhã por policiais da 7ª Subdivisão Policial (SDP), em Umuarama, trouxeram à tona as investigações da morte do vendedor autônomo Nilton Caetano de Souza, o 'Niltão', na época do crime com 52 anos, e, consequentemente, do assassinato do juiz aposentado, Tércio Bastos Mello. O ex-margistrado tinha 61 anos no dia 6 de agosto de 2005, quando foi morto com onze tiros de pistola semiautomática, calibre 380.
O delegado Fernando Ernandes Martins não se pronunciou sobre as prisões. Ele argumentou que as investigações correm sob segredo de justiça. Um dos detidos chegou a cruzar com a reportagem, nos corredores da delegacia, mas não falou sobre a situação em que se viu envolvido. Ele ainda exigiu que sua imagem não fosse publicada. A polícia também não confirmou o nome dos dois presos. Sabe-se apenas que são um homem e uma mulher.
As prisões ocorreram depois que o exame de balística confirmou que a arma utilizada no assassinato de 'Niltão' pertencia ao homem detido ontem.
Desde a morte de 'Niltão' - meses após o assassinato do ex-juiz -, a polícia relacionou os crimes. Para os investigadores, o vendedor autônomo morreu porque tinha informações privilegiadas sobre a autoria do assassinato de Tércio.
O atentado ocorreu na noite de 6 de agosto, um sábado, quando Mello saia da casa de sua namorada, na avenida Rotary, em Umuarama. Informações colhidas pela polícia, na cena do crime, davam conta de que um veículo – Gol ou Golf, de cor clara – teria parado próximo à caminhonete Hillux, de Tércio, quando este abria a porta para sair. Neste instante, um homem desceu do veículo e disparou contra as costas da vítima. Depois entrou no carro e saiu em alta velocidade.
Por sua vez, 'Niltão', sofreu um atentado, no dia 12 de dezembro de 2005 – o crime é caracterizado como queima de arquivo. O autônomo transitava pela rua Cambé, próximo ao cinema, quando um motoqueiro encapuzado se aproximou, lhe acertou dois tiros e fugiu. Ninguém conseguiu passar informações que pudessem identificar o criminoso.
Depois disso três homens acabaram presos, sob suspeitas de envolvimento nos dois homicídios, foi então que a arma que resultou no cumprimento dos mandados de prisões de ontem, foi levada para exames técnicos. O trio acabou sendo solto por falta de provas e, só agora, depois que as análises chegaram o caso voltou a ser desafio aos policiais umuaramenses.
(Umuarama Ilustrado)

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