Um dia após o anúncio do pacote federal de estímulo à economia, os setores beneficiados pelas medidas começaram a traçar as estratégias para reaquecer as vendas e afastar os efeitos da crise.
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo) avalia que a redução de 3% para 0% da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) nas vendas de motocicletas de até 150 cilindradas reduzirá em cerca de R$ 100 o preço do veículo ao consumidor final. A diferença equivale a uma queda de apenas 1,25%; o que pode significar o abatimento de uma parcela no financiamento em 48 vezes de um modelo popular de R$ 8 mil.
Talvez pela queda praticamente inexpressiva, a entidade não arrisque uma previsão de crescimento na comercialização. “Até o momento, a expectativa é que este ano 1,7 milhão de motocicletas sejam comercializadas”, diz um comunicado da entidade distribuído à imprensa. “[Apenas] a partir do próximo mês, será possível analisar o resultado desse incentivo e verificar se haverá um incremento nos números do setor”, completa. A se confirmar a previsão inicial, o setor retoma o mesmo patamar de vendas registrado em 2007 – representando, ainda assim, um recuo de 15% sobre as vendas de 2008.
Na ponta do varejo, a sensação é completamente diferente e o pacote trouxe ânimo. “Até o fim do ano esperamos um crescimento de 15% nas vendas”, afirma o gerente de vendas de uma concessionária Honda, Sandro Coelho Martins. A aposta está nas motos entre 125 e 150 cilindradas, que pertencem à faixa de isenção e correspondem a 80% das vendas.
“A redução realmente vai incentivar as vendas, porque qualquer R$ 100 de diminuição no preço final corresponde ao emplacamento que o comprador terá de fazer”, interpreta Martins. Segundo o gerente, 80% das vendas são feitas através de financiamento.
A Abraciclo relembra as medidas do governo de apoio aos pequenos bancos para aumento na oferta de crédito. Na avaliação da entidade, a intenção de compra do consumidor não diminuiu com a crise, mas a maior restrição na concessão de crédito levou a uma queda brusca nas vendas. No mercado interno, as vendas de motocicletas caíram 4,6% no mês de fevereiro em relação a janeiro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o tombo foi de 42,1%. Com a retração na demanda, a produção acumulada caiu de 355 mil unidades nos dois primeiros meses de 2008 para cerca de 150 mil no primeiro bimestre deste ano, representando uma queda de quase 58%.
Em 2008, o Paraná foi o 5º estado no ranking nacional de vendas de motocicletas, respondendo por 5,9% do mercado brasileiro, que comercializou pouco mais de 1,8 milhão de unidades. No primeiro bimestre deste ano, a participação paranaense caiu para 5,2%, derrubando o estado para a 8ª posição nacional, quando o país todo comercializou 173 mil motocicletas.
(Gazeta do Povo)
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo) avalia que a redução de 3% para 0% da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) nas vendas de motocicletas de até 150 cilindradas reduzirá em cerca de R$ 100 o preço do veículo ao consumidor final. A diferença equivale a uma queda de apenas 1,25%; o que pode significar o abatimento de uma parcela no financiamento em 48 vezes de um modelo popular de R$ 8 mil.
Talvez pela queda praticamente inexpressiva, a entidade não arrisque uma previsão de crescimento na comercialização. “Até o momento, a expectativa é que este ano 1,7 milhão de motocicletas sejam comercializadas”, diz um comunicado da entidade distribuído à imprensa. “[Apenas] a partir do próximo mês, será possível analisar o resultado desse incentivo e verificar se haverá um incremento nos números do setor”, completa. A se confirmar a previsão inicial, o setor retoma o mesmo patamar de vendas registrado em 2007 – representando, ainda assim, um recuo de 15% sobre as vendas de 2008.
Na ponta do varejo, a sensação é completamente diferente e o pacote trouxe ânimo. “Até o fim do ano esperamos um crescimento de 15% nas vendas”, afirma o gerente de vendas de uma concessionária Honda, Sandro Coelho Martins. A aposta está nas motos entre 125 e 150 cilindradas, que pertencem à faixa de isenção e correspondem a 80% das vendas.
“A redução realmente vai incentivar as vendas, porque qualquer R$ 100 de diminuição no preço final corresponde ao emplacamento que o comprador terá de fazer”, interpreta Martins. Segundo o gerente, 80% das vendas são feitas através de financiamento.
A Abraciclo relembra as medidas do governo de apoio aos pequenos bancos para aumento na oferta de crédito. Na avaliação da entidade, a intenção de compra do consumidor não diminuiu com a crise, mas a maior restrição na concessão de crédito levou a uma queda brusca nas vendas. No mercado interno, as vendas de motocicletas caíram 4,6% no mês de fevereiro em relação a janeiro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o tombo foi de 42,1%. Com a retração na demanda, a produção acumulada caiu de 355 mil unidades nos dois primeiros meses de 2008 para cerca de 150 mil no primeiro bimestre deste ano, representando uma queda de quase 58%.
Em 2008, o Paraná foi o 5º estado no ranking nacional de vendas de motocicletas, respondendo por 5,9% do mercado brasileiro, que comercializou pouco mais de 1,8 milhão de unidades. No primeiro bimestre deste ano, a participação paranaense caiu para 5,2%, derrubando o estado para a 8ª posição nacional, quando o país todo comercializou 173 mil motocicletas.
(Gazeta do Povo)
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