segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ministério inclui Paraná em plano de emergência contra drogas

O avanço do uso de drogas no Paraná fez o estado ser incluído no Plano Emergencial de Ampliação do Acesso ao Tratamento e Prevenção em Álcool e Outras Drogas (Pead), do Ministério da Saúde. Sete municípios eleitos como prioritários vão receber parte dos R$ 117,3 milhões do orçamento nacional do programa. Até o final do ano que vem, o Paraná terá mais unidades de atendimento aos dependentes químicos e leitos psiquiátricos, já que alguns transtornos mentais estão ligados ao uso de drogas. Lançado na quinta-feira, o Pead abrange Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Cascavel e São José dos Pinhais.
As portarias que estabelecem a divisão dos recursos e os municípios contemplados começaram a ser publicadas ontem. Estão previstas para essas cidades a construção de três novos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Álcool e Drogas, o credenciamento de três centros do mesmo tipo, mas que ainda não recebem recursos da União, e 118 novos leitos psiquiátricos em hospitais gerais. Os jovens menores de 17 anos, porém, continuarão sem um atendimento específico dentro do programa, já que os Caps são voltados para maiores de 18 anos.
Os Caps atendem em horário comercial. O paciente é avaliado por uma equipe multiprofissional que determina quantas vezes por semana ele deve frequentar a unidade. Durante o tratamento, que termina de acordo com a evolução de cada paciente, ele faz terapias em grupo e oficinas de artesanato. As críticas de familiares, de que os pacientes voltam ao meio onde têm que desafiar a abstinência, são rebatidas pela coordenadora de Saúde Mental da prefeitura de Maringá, Alessandra Puviol Alves. “Isso é trabalhado durante o tratamento, ele tem que escolher, fazer uma opção na vida dele, talvez até desfazer vínculos de amizade”, acrescenta.
Maringá está entre as cidades listadas no programa. Hoje, a cidade possui um Caps Álcool e Drogas e 26 leitos psiquiátricos. Dos 87 Caps existentes hoje no Paraná, apenas 17 são específicos para o atendimento de dependentes de álcool e drogas. Com o plano do governo federal, o número passará para 23 unidades. O maior aumento será no atendimento psiquiátrico. Dos atuais 187 leitos, o Estado passará a contar com 305 leitos credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O teto financeiro também será ampliado para até 44,92%. Os locais onde os leitos serão habilitados, porém, não estão definidos.
(Gazeta do Povo)

Nenhum comentário: