terça-feira, 9 de junho de 2009

Preço da gasolina cai, mas não para consumidor

A Petrobras anunciou ontem um corte de preços na refinaria para o diesel (15%) e a gasolina A (4,5%). No entanto, apenas o óleo diesel deverá ficar mais barato na bomba porque, ao mesmo tempo, o Ministério da Fazenda anunciou a elevação da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobrada na gasolina. A alíquota passou de R$ 0,18 por litro para R$ 0,23 — exatamente os R$ 0,05 que chegariam ao preço cobrado nos postos para o consumidor final.
No litro do óleo diesel, o aumento da alíquota foi de R$ 0,04 — passou de R$ 0,03 por litro para R$ 0,07 por litro. Segundo a nota, a nova alíquota vigente do diesel é a mesma que valia até 30 de abril de 2008. Já no caso da gasolina, a alíquota não foi restaurada plenamente, para evitar uma elevação ao preço ao consumidor.
Em nota, o Ministério da Fazenda, explica que “dessa forma, como no ano anterior, o reajuste da gasolina por parte da Petrobras e a correspondente elevação da Cide não devem alterar o preço desse combustível adquirido pelas distribuidoras, de forma que o preço ao consumidor também não deve alteração. Evita-se, assim, oscilações no preço da gasolina.”
No caso do diesel, como o reajuste da alíquota da Cide foi menor, a redução do preço praticado pela Petrobras fará com que o preço pago pelas distribuidoras de combustíveis sofra redução média de 10,6%. Para o consumidor final, esse patamar significaria uma queda, em média, de 9,6%, já considerando o impacto da elevação da mistura do biodiesel de 3% para 4% a partir de 1º de julho de 2009. Os preços devem começar a vigorar a meia-noite de hoje.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Minerais do Estado do Paraná, Roberto Fregonese, acredita que os repasses de preços devam chegar em três ou quatro dias para o consumidor final. “Quando sobem os preços eles seguem que nem foguete, mas quando caem parecem com um pluma”, comenta. “E isso, se as distribuidoras não fizerem o repasse de modo escalonado”, afirma Fregonese ressaltando que, nesse caso, o tempo para repasse poderá chegar a duas semanas.
(Bem Paraná)

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