Instrutores e examinadores de trânsito deverão se submeter a um exame obrigatório, a cada três anos, para avaliar o grau de conhecimento dos profissionais e possibilitar que os órgãos de trânsito acompanhem o nível de qualidade dos serviços prestados pelas autoescolas. A resolução, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), foi publicada ontem no Diário Oficial da União.
O teste havia sido sugerido pela Associação Nacional dos Departamentos Estaduais de Trânsito e do Distrito Federal (AND) e pelos Centros de Formação de Condutores (CFC), que identificaram a necessidade de requalificação técnica e didática dos profissionais.
A Resolução 321 determina também que os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans), seguindo as determinações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), fiquem responsáveis pela realização dos exames. A data da primeira prova ainda não foi definida.
Todos os instrutores e examinadores devem participar do exame, uma prova eletrônica com questões atualizadas para profissionais de todo o país. Quem não atingir nota igual ou superior a 70 ficará com o credenciamento junto ao Detran suspenso até que apresente o certificado do curso de requalificação. Esse curso, que também fica a cargo dos Detrans estaduais, trata de legislação de trânsito e didática de ensino. Além da suspensão, não haverá outro tipo de punição para aqueles que não passarem no exame.
Autoavaliação
As autoescolas de Curitiba receberam bem a decisão. Para Brasílio Teixeira de Brito, diretor da Auto Escola Brito, a medida é boa, porque força o profissional a fazer uma reciclagem e aperfeiçoamento. “Na nossa empresa, procuramos sempre nos atualizar e realizar treinamentos.” Ele conta que os professores participam de cursos teóricos e práticos. “Caso haja uma necessidade de substituição – de um professor do teórico passar para o prático – eles já estão preparados”, afirma.
Clientes dos centros de formação também comemoraram a resolução. O estudante Phillipe Trindade lembra de quando foi tirar a carteira de motorista, em 2008. “O serviço da autoescola que escolhi era muito ruim. O material didático era obsoleto e a instrutora do teórico, muito despreparada.” Ele conta que várias vezes questionou a professora e ela não soube responder as suas dúvidas. “A aula era voltada para o teste teórico. A impressão que eu tinha é que eles não se importavam em ensinar alguma coisa, só em nos fazer decorar tabelas de multas”, critica. Trindade chegou a fazer uma reclamação formal na autoescola, mas foi ignorado. Ele fez dois testes práticos por essa empresa – e foi reprovado em ambos. “Passei na terceira tentativa, quando troquei de autoescola”, diz.
Qualificação
Para o instrutor de trânsito da Auto Escola Aba Angélico de Almeida Genelhu, além da avaliação teórica, deveria haver um curso na área prática, aliado a uma maior fiscalização do Detran. Genelhu recentemente fez o curso para examinador do Detran. “O curso não é ruim, mas nem sempre as pessoas que estão atuando são as mais preparadas”, pondera.
A presidente do Sindicato dos trabalhadores em Autoescolas e em Despachantes do Estado do Paraná (Sintradesp), Arminda Moia Martins, afirma que não é contra os cursos de reciclagem, mas acredita que o Contran deveria criar um curso de formação para instrutores e examinadores melhor. “Deveria ser um curso técnico, que realmente forme um bom instrutor. Não adianta qualificar mal para ter que fazer curso de reciclagem depois”, defende. Arminda argumenta que o instrutor que faz esse curso tem que criar seu próprio método de trabalho, porque não é bem orientado.
(Gazeta do Povo)
O teste havia sido sugerido pela Associação Nacional dos Departamentos Estaduais de Trânsito e do Distrito Federal (AND) e pelos Centros de Formação de Condutores (CFC), que identificaram a necessidade de requalificação técnica e didática dos profissionais.
A Resolução 321 determina também que os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans), seguindo as determinações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), fiquem responsáveis pela realização dos exames. A data da primeira prova ainda não foi definida.
Todos os instrutores e examinadores devem participar do exame, uma prova eletrônica com questões atualizadas para profissionais de todo o país. Quem não atingir nota igual ou superior a 70 ficará com o credenciamento junto ao Detran suspenso até que apresente o certificado do curso de requalificação. Esse curso, que também fica a cargo dos Detrans estaduais, trata de legislação de trânsito e didática de ensino. Além da suspensão, não haverá outro tipo de punição para aqueles que não passarem no exame.
Autoavaliação
As autoescolas de Curitiba receberam bem a decisão. Para Brasílio Teixeira de Brito, diretor da Auto Escola Brito, a medida é boa, porque força o profissional a fazer uma reciclagem e aperfeiçoamento. “Na nossa empresa, procuramos sempre nos atualizar e realizar treinamentos.” Ele conta que os professores participam de cursos teóricos e práticos. “Caso haja uma necessidade de substituição – de um professor do teórico passar para o prático – eles já estão preparados”, afirma.
Clientes dos centros de formação também comemoraram a resolução. O estudante Phillipe Trindade lembra de quando foi tirar a carteira de motorista, em 2008. “O serviço da autoescola que escolhi era muito ruim. O material didático era obsoleto e a instrutora do teórico, muito despreparada.” Ele conta que várias vezes questionou a professora e ela não soube responder as suas dúvidas. “A aula era voltada para o teste teórico. A impressão que eu tinha é que eles não se importavam em ensinar alguma coisa, só em nos fazer decorar tabelas de multas”, critica. Trindade chegou a fazer uma reclamação formal na autoescola, mas foi ignorado. Ele fez dois testes práticos por essa empresa – e foi reprovado em ambos. “Passei na terceira tentativa, quando troquei de autoescola”, diz.
Qualificação
Para o instrutor de trânsito da Auto Escola Aba Angélico de Almeida Genelhu, além da avaliação teórica, deveria haver um curso na área prática, aliado a uma maior fiscalização do Detran. Genelhu recentemente fez o curso para examinador do Detran. “O curso não é ruim, mas nem sempre as pessoas que estão atuando são as mais preparadas”, pondera.
A presidente do Sindicato dos trabalhadores em Autoescolas e em Despachantes do Estado do Paraná (Sintradesp), Arminda Moia Martins, afirma que não é contra os cursos de reciclagem, mas acredita que o Contran deveria criar um curso de formação para instrutores e examinadores melhor. “Deveria ser um curso técnico, que realmente forme um bom instrutor. Não adianta qualificar mal para ter que fazer curso de reciclagem depois”, defende. Arminda argumenta que o instrutor que faz esse curso tem que criar seu próprio método de trabalho, porque não é bem orientado.
(Gazeta do Povo)
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