quarta-feira, 1 de julho de 2009

Funcionários da Embrapa Soja de Londrina protestam por reajuste salarial

Os funcionários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Londrina (Embrapa Soja) decidiram, na manhã desta quarta-feira (1º), aderirem à paralisação nacional que será realizada na quinta-feira (2). O motivo é a falta de um acordo em relação ao reajuste salarial dos trabalhadores. Enquanto o Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) reivindica 15%, a diretoria da Embrapa ofereceu 5,53%. A manifestação deve ocorrer nas 40 sessões sindicais. Durante a paralisação na cidade, apenas nos serviços considerados essenciais continuaram funcionando.
Segundo o presidente da Sessão de Londrina do Sinpaf, Antonio Carlos Ferreira Mendes, o movimento também servirá para pressionar o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a autorizar o reajuste salarial. Uma nova rodada de negociação entre a diretoria da Embrapa e sindicato está marcada para as 11h de quinta-feira. “Acredito que desse encontro possa surgir alguma solução para o impasse. Queremos ter um ganho real e evitar que o reajuste vai a julgamento no Tribunal do Trabalho. Como o órgão entrará em férias, uma decisão nessa instância poderá sair somente no fim do ano”, comentou.
Os funcionários da Embrapa também aguardam a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que ainda está em negociação. No início de junho, cerca de 170 pessoas da Embrapa Soja de Londrina interromperam por duas horas as atividades. De acordo com Mendes, sem a assinatura do ACT os funcionários perdem as garantias relativas as cláusulas sociais, como auxílio creche, ticket alimentação e plano de saúde. “Por enquanto, a direção não suspendeu o pagamento, mas nos sentimos desprotegidos judicialmente. Há um documento que registra o compromisso da empresa não interromper os pagamentos, porém queremos a renovação do Acordo”, disse.
No entanto, o presidente da Sessão Sindical de Londrina destaca que houve avanço na negociação do principal ponto de impasse em relação à prorrogação do ACT: o pagamento de adicional de insalubridade. “A Embrapa queria pagar os 20% do acional sobre o salário mínimo. Contudo, houve uma negociação e o índice de cálculo será o valor de R$ 1.027,00, o que agradou os funcionários”, explicou.
Além dos 15% de reajuste salarial, os funcionários da Embrapa reivindicam ainda a contratação de mais funcionários e isonomia de benefícios, parcelamento de férias e licença especial, também para os empregados contratados depois de 1989.
(Jornal de Londrina)

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