terça-feira, 28 de julho de 2009

Senadores paranaenses entre os menos faltosos

Os três representantes paranaenses no Senado estão entre os menos faltosos às sessões do primeiro semestre de 2009. Levantamento do site Congresso em Foco revela que Osmar Dias (PDT) esteve ausente em cinco das 60 sessões realizadas no período. O pedetista, que é pré-candidato ao governo do Paraná, teve três faltas e pegou duas licenças – justificadas por missões políticas.
O outro representante da família Dias, o tucano Alvaro, não teve nenhum falta injustificada, mas contabilizou seis licenças – todas por motivos particulares.
O petista Flávio Arns utilizou duas licenças para missões políticas nos primeiros seis meses de atividades.
No centro dos mais recentes escândalos que envolvem o Senado, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), foi o parlamentar que mais faltou a sessões plenárias, segundo levantamento. O peemedebista deixou de comparecer a 17 das 60 sessões deliberativas ordinárias ou extraordinárias. Com a onda de denúncias, o Senado registrou 60 sessões deliberativas, ordinárias ou extraordinárias. Em quase 200 dias, a Casa usou seu tempo para repercutir as denúncias divulgadas pela imprensa e deixou a produção legislativa de lado.
Seguidos de Sarney estão Wellington Salgado (PMDB-MG), um dos principais defensores da permanência do presidente da Casa, com 12 faltas, sem pedido de licença e o líder do DEM, José Agripino (RN), com nove ausências sem justificativa.
Os dados mostram que os 81 senadores atuais e os agora governadores José Maranhão (PMDB-PB) e Roseana Sarney (PMDB-MA), acumularam 185 faltas sem justificativa, o que significa 4,5% do total de presenças registradas em plenário.
Já Epitácio Cafeteira (PMDB-MA), aliado de Sarney, tendo, inclusive , empregado parentes do senador, compareceu a todas as sessões, mostra o Congresso em Foco. Em gravação divulgada pelo Estado, Fernando Sarney fala com o filho, o estudante João Fernando Michels Gonçalves Sarney, neto do presidente da Casa, José Sarney. Ele admite que, embora estivesse pendurado na folha de pagamento do Senado como funcionário do gabinete de Cafeteira, não costumava aparecer para trabalhar. Às gargalhadas, João conta ao pai que foi chamado por Cafeteira no gabinete para uma conversa. “Fui lá achando que era alguma coisa importante (...) e ele falou: ‘’Não, pô, eu só queria te ver’’.”
Filho de Fernando Sarney com a ex-candidata a Miss Brasília Rosângela Terezinha Michels, João, de 22 anos, foi nomeado assessor de Cafeteira em 1º de fevereiro de 2007. Ele ficou no cargo, que lhe rendia salário mensal de R$ 7,6 mil, até 3 de outubro do ano passado. Foi exonerado por força da súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu o nepotismo no serviço público.
(Jornal do Estado)

Nenhum comentário: